sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Os 45 anos de “Revolver” dos Beatles


Este texto eu tenho o grande prazer em escrever, pois no dia 05 de agosto, faz 45 anos de um dos maiores discos da história da música: o álbum "Revolver", dos Beatles. Uma verdadeira obra prima!

Lançado no ano de 1966, é um dos meus discos favoritos dos Beatles, pois o som da banda começou a ficar mais encorpado, saindo das maravilhosas canções do estilo “ie-ie-ie” da juventude, e ficando mais maduro.

"Revolver" é o sétimo álbum do quarteto de Liverpool e atingiu o primeiro lugar nas paradas de sucesso da Inglaterra e Estados Unidos. O disco marca a adesão oficial dos Beatles ao Psicodelismo.

Para esta data especial, vou destrinchar esse álbum fantástico. Todas as músicas são ótimas! Três delas, tem autoria de George Harrison e as outras, da dupla Paul McCartney e John Lennon.

Começando por “Taxman”. Letra de George Harrison. A canção é uma grande crítica ao capitalismo exagerado. A letra mostra uma reclamação às pesadas taxas de impostos pagos pelos cidadãos britânicos.

A segunda música é um dos maiores clássicos dos Beatles, “Eleanor Rigby”. Conta sobre a solidão das pessoas mais velhas e que ninguém presta atenção nelas. A música começa assim: “Ah, look at all the lonely people” (“Ah, olhe todas as pessoas solitárias”).

A próxima música é “I’m Only Sleeping”... Eu gosto muito dela... Teria sido composta para descrever um estado de "viagem" por drogas. Além disso, a música dizia para não "me acordar", já que a pessoa estaria em estado de euforia.

Love You To” é a quarta faixa do álbum. Mais uma letra de George Harrison e tem os sons de cítaras, incorporando um estilo bem indiano.

A quinta música é fantástica: “Here, There and Everywhere”, escrita por Paul McCartney. E o próprio Paul afirmou que a canção é uma das suas preferidas da banda, mesma opinião do produtor dos Beatles, George Martin.

Outro hino dos Beatles: "Yellow Submarine"… Nesta viagem, a banda convida as pessoas a embarcarem no submarino amarelo da fantasia, num mundo perfeito, achando uma saída para tudo.

A música “She Said She Said”, teria sido escrita durante o uso de drogas… John Lennon supostamente se inspirou em sua experiência com LSD. Há um trecho que diz "I know what it's like to be dead" ("Eu sei como é estar morto").

Em “Good Day Sunshine”, os Beatles dão um bom dia para a luz do sol, a luz da vida!
Eu preciso rir e quando o sol está lá fora
Eu tenho algo do que posso rir
Eu me sinto bem de uma maneira especial
Estou apaixonado e está um dia ensolarado”

And Your Bird Can Sing” é outra canção que eu gosto muito. O solo de guitarra é demais.

A décima faixa do disco é “For No One”... Paul McCartney escreveu para sua namorada na época (Jane Asher)

Na seqüência, vem a música “Doctor Robert" ... mais uma supostamente escrita sobre a influência de drogas. Fala sobre um médico que receitava anfetaminas a seus pacientes famosos.

A faixa 12 tem "I Want To Tell You", é a terceira música deste álbum composta por George Harrison. Fala sobre a sua dificuldade em se expressar num momento que ele vivia uma avalanche de pensamentos
Eu quero lhe contar,
Minha cabeça está cheia de coisas a dizer,
Quando você está aqui,
Todas essas palavras parecem escapulir.

A penúltima música é uma das minhas favoritas de toda a obra dos Beatles. “Got to Get You Into My Life”. 
Anos depois, o Paul McCartney reconheceria que a canção falava de sua experiência com a maconha e foi feita inspirada na soul music americana.

Para encerrar, a viagem de "Tomorrow Never Knows". Aliás, uma das primeiras do estilo psicodélico que faria sucesso nos anos seguintes com outras bandas. John Lennon disse que sua fonte de inspiração foi a leitura do “Livro Tibetano dos Mortos”. Na época ele teria usado LSD.


São quatorze músicas em 35 minutos neste disco de pura arte, produzidas há 45 anos, sem os recursos técnicos existentes atualmente... Mas nada atual chega sequer perto do som produzido pelos Beatles neste genial “Revolver”.
Um álbum para quem realmente ama a boa música!!


Texto de Daniel Vito

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