quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Rock Brasil: Os pioneiros (Parte I) - por Rogério Moreira

Como todo mundo sabe o rock nacional estourou na década de 80. 
Bandas como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Legião Urbana, Titãs, Ultraje a Rigor, Kid Abelha, Capital Inicial, Ira!, entre outras surgiram nesta década.
Mas antes que esta explosão musical surgisse, muita gente ralou pra fazer a história do rock brazuca. Vou começar pelos pioneiros do nosso rock.

Por incrível que pareça, o rock nacional começou com duas vozes de nossa MPB.
A primeira gravação roqueira no Brasil foi feita pela cantora Nora Ney. Ela foi uma grande intérprete de sambas-canções, mas gravou "Rock around the clock", de Bill Haley & His Comets... Esta é considerada a primeira gravação de um rock aqui no Brasil, de 1955!

Cauby Peixoto (Sim, ele mesmo!) gravou o primeiro rock em português: "Rock 'n' roll em Copacabana", de 1957.

Dentre os primeiros roqueiros nacionais, destaque para Betinho & Seu Conjunto... A música "Enrolando o rock", também de 1957, é o primeiro rock gravado com guitarra por aqui:

Muitos de nossos primeiros rocks eram versões de músicas norte-americanas, especialmente daquele tipo de rock ingênuo, estilo Paul Anka e Neil Sedaka. Músicas como "Diana", com Carlos Gonzaga do ano de 1958.

Mas, talvez, os dois nomes mais conhecidos dentre os pioneiros de nosso rock são os irmãos Celly e Tony Campello. Eles também cantavam muitas versões, algumas mais voltadas para o twist do que para o rock. Juntos os irmãos apresentaram na TV Record o programa "Celly e Tony em Hi-Fi"...


"Estúpido Cupido", gravada por Celly Campelo, em 1959 era uma versão de "Stupid Cupid", da americana Connie Francis.

"Banho de Lua", era uma versão de twist italiano chamado "Tintarella de luna"...

"Túnel do Amor", também foi um de seus sucessos...:

Tony Campelo fez sucesso com "Boogie do Bebê", de 1963.

E também com "Pobre de mim", de 1959...

E não perca a continuação da história do rock brazuca, falando sobre outros de nossos pioneiros, no período pré-Jovem Guarda... Até lá.


Texto de Rogério da Hora Moreira
Programador da Rádio Metropolitana FM / São Paulo


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